Em homenagem ao poeta de Almeirim, defensor da história da sua terra, ou não a deixasse escrita, sob forma de sonetos, no Cântico à Minha Terra!
O Paço dos Negros
Restos mortais de um Paço majestoso:
Muro ameado e brasão do Venturoso
Ladeado por esferas
armilares.
Agora, estes
históricos lugares,
Paraíso perdido – e
tão saudoso! –
Evocam, no abandono
lastimoso,
Coutada, moinhos,
hortas e pomares.
A Ribeira de Muge
já não canta
Sob a janela
manuelina, à Infanta,
Nem a trompa
anuncia as montarias.
Até que um novo
almoxarife assome
E afaste o mau
presságio do teu nome,
Paços dos Negros,
negros são teus dias.
Francisco Henriques, Cântico à
Minha Terra
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