domingo, 22 de maio de 2016

Intervenção da Academia Itinerarium XIV na Mesa de Abertura do Colóquio "Sobre a Realidade dos Moinhos de Vento Portugueses"

Mesa de Abertura do Colóquio "Sobre a Realidade dos Moinhos de Vento Portugues"
Da esquerda para a direita: Cristina Casimiro (Presidente da Junta de Freguesia da Raposa), Samuel Tomé (Secretariado da Academia Itinerarium XIV) e Eurico Henriques (Vereador da Cultura da Câmara Muncipal de Almeirim)
Fotografia de Helena Fernandes

Todos os países terão as suas características próprias no que diz respeito à atividade dos moinhos, e Portugal não será exceção. Somos um país que, onde a nível de tipologias de engenhos, é possível encontrar um pouco de tudo, mais ou menos adaptado às nossas características morfológicas e climáticas. Assim, temos uma riqueza de atividade molinológica (sendo que a molinologia é o estudo e o conhecimento dos moinhos) muito grande, não só com eventos como este, mas também com muitas obras de referência, como a “Tecnologia Tradicional Portuguesa – Sistemas de Moagem”, de Ernesto Veiga de Oliveira, Benjamim Pereira e Fernando Galhano, citada em praticamente todas as obras sobre o tema em Portugal, mas também comummente mencionada na literatura internacional sobre o tema.

Este colóquio pretende acrescentar um pouco mais a todos nós, sobre esta realidade que são os moinhos de vento em Portugal. Com apenas tão poucas comunicações conseguimos reunir diferentes tipologias de moinhos vento, de diferentes áreas geográficas, abordadas por diferentes áreas disciplinares. Em nome da Academia Itinerarium XIV da Ribeira de Muge saúdo os oradores aqui presentes, que aceitaram prontamente este desafio.

Em nome da Academia Itinerarium XIV saúdo também muito especialmente a Junta de Freguesia da Raposa, na pessoa da Senhora Presidente, que desde o primeiro momento se associou a este evento, e mais que um apoio, sentimos um verdadeiro empenho desta autarquia na organização deste colóquio.

Não concebemos este colóquio noutro lugar que não aqui. Com efeito, esta Casa da Cultura, por muitos conhecida como “o Descasque”, por aqui ter funcionado uma unidade de descasque de arroz, foi ainda conhecida por muitos antes disso como um moinho. Já mencionado no séc. XVIII, este Moinho da Raposa, que era tocado a água, ou não tivéssemos nós aqui mesmo ao lado a Ribeira de Muge, recebe hoje um colóquio sobre moinhos de vento.

Este foi um dos objetivos a que nos propusemos. Trazer aqui uma realidade diferente daquela que tínhamos por mais comum. E hoje cá estamos para a apresentar.

Termino com votos que todos os presentes apreciam e aprendam algo mais. Que hoje, quando sairmos daqui, façamos o exercício do que ficamos a saber que não sabíamos antes de termos entrado por aquela porta.

Samuel Rodrigues Tomé
Secretariado da Academia Itinerarium XIV da Ribeira de Muge