terça-feira, 16 de março de 2010

Os livros também são património: "Ética e Infinito"


Acabo neste mesmo momento de ler a minha primeira obra de cariz filosófico. Chama-se "Ética e Infinito", e são entrevistas feitas por Philippe Nemo a Emmanuel Levinas acerca de vários temas da sua obra, tais como a Bíblia, o "Há", o Rosto, a Gloria do Testemunho, entre outros. Esta parece-me ser uma obra de referência do autor, uma vez que aborda, grosso modo, toda a obra do autor (pelo menos assim pareceu a quem não conhece a sua obra...).

Por outro lado, achei fantástico que este autor (francês), dentro de determinado contexto, apresentar uma referência a um provérbio português (Deus escreve direito por linhas tortas. - pág.92).

Deixo aqui algumas das passagens que achei mais interessantes:

"Talvez a morte seja uma negação absoluta em que «a música terminou»." (pág. 35)

"A existência é a única coisa que não posso comunicar; posso contá-la, mas não posso partilhar a minha existência" (pág. 43)

"É banal dizer que nunca existimos no singular. Estamos rodeados de seres e de coisas com as quais mantemos relações." (pág. 43)

"A política deve, com efeito, poder ser sempre controlada e criticado a partir da ética." (pág. 66)

"O que é especificamente rosto é o que não se reduz a ele." (pág. 69)

"O suícidio deriva do amor ao próximo e da vida verdadeiramente humana." (pág. 102)


Para quem estiver interessado, deixo a referência bibliográfica:

LEVINAS, Emmanuel (2007). Ética e Infinito, Col. "Biblioteca de filosofia contemporânea". Lisboa: Edições 70.

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