Mapa de parte do curso da Ribeira de Muge, com o
engenho assinalado.
A
1 de fevereiro de 1549 é aforado a João Pires um terreno, a norte do Vale
Porco, para a construção de um moinho. O foro anual consistia em 30 alqueires
de trigo limpo. Em 1729 este engenho estava aforado a Leonarda Maria. Deixou de
trabalhar nos anos 40 do séc. XX, possivelmente devido à proibição de
funcionamento dos moinhos hidráulicos, por causa do racionamento imposto ao
país nessa altura.
Fachada do engenho. © Samuel Tomé
A
nível tecnológico, contou com três casais de mós negreiros. Com efeito, foi
referido que nos últimos anos de atividade deste moinho trabalhou-se com milho
e forragens para animais. Apenas são visíveis hoje dois dos casais de mós,
apesar de ser visível o local onde assentaria o terceiro. Existem ainda no
engenho alguns utensílios da moega, como tegões, quelhas e cambeiros.
Caboucos, na parte posterior do engenho. © Samuel
Tomé
Quanto
à parte motriz, todo o aparelho desapareceu, com exceção dos tubos de pressão,
que eram feitos de cimento. Pela constituição e disposição dos utensílios,
consegue inferir-se que este foi um moinho de rodízio, tendo-nos sido relatado
que seriam feitos de cimento. Possuiu açude ainda perfeitamente visível e três
caboucos. A sua levada é a mesma que toca os moinhos da Ponte Velha e do
Pinheiro.
Fontes:
(1549).
Chancelaria de D. João III, livro 70, folhas 150 a 151v.
Evangelista
(2011)
José da Gaga (fonte
oral)
gostei, Samuel. Pra frente é que é o caminho.
ResponderEliminarmanuel evangelista