quarta-feira, 28 de novembro de 2012

O Património Molinológico como fator identitário e vetor do desenvolvimento económico: o caso da Ribeira de Muge

Tendo já sido abordado por vários amigos, ficaria mal ao próprio autor não falar do seu trabalho. Agradecendo desde já os elogios feitos a um trabalho, que no fundo, apenas pegou no que está abandonado, e se tentou dar um novo futuro ao passado. É um simples projeto que, no fundo, necessita de muitos aperfeiçoamentos, porque está longe da perfeição. Seria interessante de colocar em prática? Sim. Útil, economicamente falando? Sem dúvida. Possível? Talvez, dependendo dos interesses de muita gente. 

Publico aqui o resumo do trabalho, para que em poucas palavras, se possa dar uma noção do que são as mais de cem páginas.

  

Os moinhos, para além de serem considerados um adorno das paisagens rurais, foram o principal elemento a ser utilizado pelo homem para a produção de farinhas. Revelam o desenvolvimento de uma engenharia notável, ainda que rudimentar, aperfeiçoada ao longo dos séculos, para o aproveitamento não só da força humana, mas também do vento e da água.
Foi sobretudo desta última que nos chegaram alguns engenhos nas margens da Ribeira de Muge, além das memórias de outros que se foram não só com o tempo, mas também com a perda da sua funcionalidade, devido ao advento da modernidade tanto na produção de farinhas como na venda de pão.
No entanto, a existência destes elementos abandonados nas paisagens levam ao despertar de sentimentos nostálgicos, tornando-se assim em alicerces da construção das identidades das comunidades que aqui existem. Isto torna pertinente a sua recuperação, aliada à produção tradicional de farinhas e o descasque de arroz, que são mais benéficos para a saúde, além de terem, no seu processo de transformação, uma pegada ecológica bem menor que as moagens industriais.
Assim sendo, apresentamos o Parque Molinológico da Ribeira de Muge como um espaço que leva à valorização dos engenhos existentes e que funcionará como alavanca do desenvolvimento económico e social. Através deste desenvolver-se-á a empregabilidade na região, e com o aumento de visitantes, aumentar-se-ão os serviços existentes, o que também beneficiará a população residente.

Palavras-chave: Moinho, Molinologia, Património, Identidade, Ribeira de Muge.

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