Quem passa na Estrada Nacional 18 ou na A6, entre Évora e
Estremoz, não deixará de reparar numa povoação no cimo de uma elevação, dentro
de muralhas, coroada com um curioso edifício acastelado. Trata-se da parte
antiga da vila de Evoramonte, onde foi assinada o tratado que colocou fim à
Guerra Civil (1828-1834), a 26 de Maio de 1834, e que ficou conhecido como
“Convenção de Evoramonte”.
Porta do Sol
Porta do Sol e Porta
do Freixo
A Porta do Freixo está rasgada por um arco ogival no extremo
sul da muralha, ladeada por dois torreões arredondados. A Porta do Sol esta
localizada no extremo este, sendo também ogival e ladeada por dois torreões
redondos. É esta última hoje o principal acesso ao recinto muralhado de
Evoramonte.
Casa da Convenção
Em 1834 era propriedade de Joaquim António Dias Saramago,
médico e Administrador do Concelho de Evoramonte. Foi nesta casa que foi
assinada a Convenção de Evoramonte, com o Marechal Lemos (em representação de
D. Miguel) e os marechais Terceira e Saldanha (em representação de D. Pedro).
Paço de Evoramonte
Torre/ Paço de
Evoramonte
Este singular edifício foi mandado construir por D. Jaime I,
Duque de Brangança (1483-1532). Sendo como residência de caça ou estrutura
defensiva, tinha como objetivo principal destacar todo o poder que a Casa de
Bragança no meio do Alentejo. Foi obra dos arquitetos Diogo e Francisco de
Arruda.
Sala Central do Paço - primeiro piso
A construção é quadrangular, com quatro torreões laterais,
sendo que num deles existe uma escada em caracol, que permite a comunicação
entre os três pisos e dá acesso ao terraço, que ocupa todo o edifício superior.
Artisticamente ligado à corrente decorativa do manuelino, visível sobretudo
através das cordas marítimas, que decoram o exterior do edifício. Quanto ao
interior, no piso inferior encontra-se uma exposição sobre as estruturas
defensivas e sobre aquele edifício em particular. O segundo e terceiro pisos
estão vazios. Contudo, os três pisos são muito semelhantes. Tem uma sala
central quadrada, suportada por quatro grossas colunas espiraladas, da qual
arrancam abóbadas. O espaço correspondente aos torreões têm divisões mais
pequenas.
Casa Câmara
Edifício ligado à municipalidade de Evoramonte (perdida em
1855). Tinha três valências: era o relógio da vila, a prisão e era onde se
realizavam as sessões camarárias. A sua entrada é coroada por um brasão e por
uma data (1789 – possivelmente da sua construção).
Fontes:
RODRIGUES, Apolónia – texto (s/d). Percurso Imaginário de Evoramonte. (folheto de informação
turística).
MATTOSO, José – coordenação (1993). História de Portugal, vol. 5. S/l: Círculo de Leitores.
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