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Em 1716 é criado o Patriarcado de Lisboa Ocidental pelo Papa Clemente XI. A
Capela Real do Paço da Ribeira é elevada a Basílica Patriarcal. Este facto
surge como uma política de prestígio da Coroa Portuguesa.
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Em 1718 a enviatura de Portugal à Santa Sé, existente desde 1707, é
transformada numa Embaixada, após a obtenção da criação da basílica patriarcal.
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Em 1737 é atribuída a dignidade de cardinalícia ao Patriarca de Lisboa
Ocidental.
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Em 1748 o Papa Bento XIV atribui a D. João V do título de Rei Fidelíssimo.
A
exposição deu pelo nome completo “A Encomenda Prodigiosa, da Patriarcal à
Capela Real de S. João Baptista”. O seu espólio consistia essencialmente em
encomendas feitas por D. João V a vários artistas romanos, para decoração da
Basílica Patriarcal. Entendida como uma extensão desta foi a Capela de S. João
Baptista, na Igreja de S. Roque. Se a primeira desapareceu no terramoto de
1755, a segunda fez parte da exposição, como um verdadeiro “património in situ”.
Esta transmite todo o
esplendor e profusão decorativa do barroco, que o ouro vindo do Brasil permitia
comprar. Esta capela
“Trata-se de um verdadeiro tesouro da
arte, concebida em mármore e colorinda. Os escultores Maine e Giusti fizeram em
Carrara os retábulos do tecto. As oito colunas são de lápis-lazuli com
alabastro, sendo as figuras dos capitéis em bronze. Quadros em pintura ou em
mosaico, representam o baptismo de Cristo no Rio Jordão. A capela é ainda
enriquecida com um conjunto de alfaias de requintado valor artístico.” (Serrão,
2006:439).
É
impossível transmitir por palavras o que se pode ver naquela exposição. Conta
com uma enorme acervo, não só de alfaias litúrgicas, como também de
pintura, escultura, mobiliário e paramentaria. Num esforço de trazer de vários
pontos e várias coleções do país objetos diversos, foi conseguida a construção
de uma exposição ímpar.
A nível da organização, a destacar a elaboração de um
folheto simples e acessível, quer em linguagem, quer em grafismo. Por outro
lado, elaborou-se igualmente um catálogo da exposição, algo importante não só
para se conhecer mais sobre a coleção exposta, como para a fazer durar para
além do prazo em que esta esteve aberta ao público. Como aspeto menos positivo,
há a referir as tabelas muito pequenas (contudo, prática comum nas nossas
exposições).
Bibliografia e outras fontes
(2013).
A Encomenda Prodigiosa: Da Patriarcal à
Capela Real de S. João Baptista. (folheto de visita à exposição).
Blog
“De Lisboa para Portugal” e “Panorâmico”. (Fotos)
MATTOSO,
José – dir. (1993). História de Portugal:
O Antigo Regime (1620-1807), Vol. 4. S/l: Círculo de Leitores.
SERRÃO, Joaquim Veríssimo (2001). História de Portugal – A Restauração e a
Monarquia Absoluta (1640-1750), vol. V, 2.ª edição. S/l: Ed. Verbo.
TENGARRINHA,
José – org. (2000). História de Portugal.
São Paulo: Instituto Camões.
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